Quantcast
Channel: Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém
Viewing all 787 articles
Browse latest View live

Jarro

$
0
0

 

 

Jarro em faiança da Fábrica do Carvalhinho com decoração vegetalista pintada à mão sob o vidrado.

 

Note-se que, tal como acontece com uma peça aqui recentemente ilustrada (http://mfls.blogs.sapo.pt/lavanda-292769), para além de apresentar o nome da pintora, este exemplar não ostenta no tardoz qualquer indicação relativa quer ao formato quer à decoração, o que poderá indiciar ser esta uma peça produzida depois de 1965, ano em que a FLS abandonou a sua participação na Carvalhinho.

 

 

© MAFLS


Outras Fábricas, Outras Loiças (CXCV)

$
0
0

 

 

Em memória do modelador e pintor cerâmico Francisco Furriel, falecido a 18 de Janeiro de 2014.

 

Medalhas comemorativas da 1.ª (à esquerda) e 2.ª Feiras Nacionais da Cerâmica, que tiveram lugar na cidade  das Caldas da Rainha durante os anos de 1979 e 1980.

 

Com cerca de 9,4 cm. de diâmetro, a medalha da direita apresenta no anverso a assinatura, manuscrita, do seu modelador – Furriel (Francisco Jorge Furriel, 1925-2014).

 

Francisco Furriel entrou para a fábrica Secla em 1953, onde permaneceu até à sua aposentação, na década de 1990, tendo colaborado em várias secções da empresa e chefiado ainda, durante 17 anos, a secção de pintura (cf. http://www.gazetacaldas.com/37073/francisco-jorge-furriel-1925-2014/).

 

Conhecem-se diversas outras medalhas cerâmicas de sua autoria, assinadas e produzidas nas décadas de 1970 e 1980, nomeadamente as que evocam algumas Feiras Nacionais da Fruta, realizadas também nas Caldas da Rainha, e alguns monumentos nacionais, como o Mosteiro da Batalha.

 

 

     

 

© MAFLS

Ainda a Casa Geo Rouard e Marcel Goupy

$
0
0

 

A propósito de um prato produzido em faiança na unidade de Coimbra da Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia, com o motivo de uma ave exótica, aqui apresentado no ano transacto e daquilo que então se escreveu (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/marcel+goupy), atente-se nesta página de um catálogo da casa Geo Rouard divulgando desenhos de Marcel Goupy (1886-1954).

 

Apesar da deficiente resolução da imagem, é possível verificar que o motivo comercializado pela CFCL se baseou claramente no motivo de Marcel Goupy (referido no canto superior direito da página) apresentado ao centro e à esquerda da ilustração. 

 

Nas décadas de 1920 e 1930, uma das características das criações de Goupy, e de outros designers consagrados nas artes decorativas, era a apresentação de conjuntos de mesa completos, englobando cerâmica e vidro, que partilhavam o mesmo motivo.

 

© MAFLS

Prato

$
0
0

 

Prato raso, com marca da Real Fábrica impressa na pasta, apresentando decoração floral estampada sobre o vidrado e filetagem a dourado.

 

 

© MAFLS

Chávena de Chá e Pires

$
0
0

 

Conjunto de chávena de chá e pires, formato Sacavém, com decoração floral de inspiração Art Déco aplicada, sob o vidrado, a aerógrafo sobre stencil (chapa recortada).

 

 

© MAFLS

Jarra

$
0
0

 

Jarra, com cerca de 21,5cm. de altura, apresentando decoração floral policromática estampada sob o vidrado.

 

Esta peça não apresenta qualquer marca visível, mas a sua pasta, o seu vidrado, a sua estampagem e até as pequenas impurezas da pasta que afloraram à superfície são características de alguma produção da FLS de finais do século XIX e princípios do século XX.

 

O formato não parece ser conhecido na produção da fábrica, mas talvez os especialistas do MCS e do CDMJA possam confirmar ser este um formato da FLS.

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CXCVI)

$
0
0

 

Pratos rasos em faiança, produzidos na Oficina da Formiga, de Ílhavo, com decoração floral aplicada sobre papel recortado (stencil), sob o vidrado.

 

Note-se como o motivo central destes pratos produzidos na década de 1990 é exactamente o mesmo, registando-se apenas uma variação cromática.

 

Já a decoração dos rebordos é distinta, acompanhando as diferentes dimensões das peças – cerca de 21,2 cm. de diâmetro, no prato apresentado acima, e cerca de 27,2 cm. no exemplar apresentado abaixo.

 

 

Como se pode verificar no espaço da OF (http://oficinadaformiga.com/), a empresa, fundada por Jorge Saraiva (cujas iniciais surgem associadas à marca) no ano de 1992, dedica-se essencialmente à produção de réplicas:

 

"As peças da Oficina da Formiga são reproduções fieis dos formatos e motivos de louça utilitária, fabricadas na segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX provenientes de diversas unidades industriais nacionais que já encerraram, nomeadamente de Aveiro, Coimbra, Lisboa, Sacavém, Caldas da Rainha e Gaia."

 

Efectivamente, uma rápida mas atenta observação dos motivos que se podem encontrar nos diversos pratos desta oficina, permite identificar nas peças actualmente comercializadas decorações da FLS (http://mfls.blogs.sapo.pt/158530.html) e da fábrica do Cavaco (http://mfls.blogs.sapo.pt/238099.html), entre outras.

 

No entanto, a empresa tem ensaiado recentemente variantes aos motivos decorativos tradicionais e alternativas às réplicas integrais, nomeadamente através da formulação de convites para residências artísticas.

 

Floreira Archeiro numa montra da loja Vista Alegre do Chiado, em Lisboa.

 

O artista brasileiro Fábio Carvalho, cujo blog Porcelana Brasil (http://porcelanabrasil.blogspot.pt/) já tinha sido aqui destacado em Dezembro de 2011 (http://mfls.blogs.sapo.pt/2011/12/15/), foi há alguns anos convidado, conjuntamente com outros artistas brasileiros, pela fábrica Bordallo Pinheiro para conceber uma peça que celebrasse a herança bordaliana. 

 

Na sequência desse convite, de que resultou a peça reproduzida acima, e das exposições que se organizaram no Brasil e em Portugal para expôr as peças de todos os artistas convidados, Fábio Carvalho deslocou-se novamente a Portugal em 2013.

 

Aproveitando essa estadia, a Oficina da Formiga endereçou ao artista um convite para residência artística nas suas instalações, a qual veio a concretizar-se em Dezembro passado.

 

O resultado dos trabalhos desenvolvidos nessa residência, onde as asas de borboleta, evidente alusão ao termo fairy nas suas diversas acepções, colocadas na figura daquele arqueiro que Fábio Carvalho recriou para a Bordallo Pinheiro e tanto evoca D. João VI, voltam a surgir, desta vez na figura de militares brasileiros, pode ser visto no blog da OF: http://oficinadaformiga.com/fabio-carvalho-em-residencia-artistica-na-oficina-da-formiga-%E2%80%A2-fabio-carvalho-in-artistic-residency-at-ofceramics/.

 

     

 

© MAFLS

Azulejo

$
0
0

 

Azulejo com decoração de cinco exemplares de flor-de-lis aplicadas sobre o vidrado, apresentando no tardoz a inscrição "SACAVEM" em relevo.

 

Veja-se outra variante, quer na técnica utilizada quer no design, de flor-de-lis em azulejo da FLS aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/151730.html.

 

© MAFLS


Memórias de Clive Gilbert

$
0
0

© MCS/CDMJA

 

John Bull e Zé Povinho

 

Um pouco antes da visita de S.M. a Rainha Isabel II a Portugal, em 1985, fui contactado pela então directora do Palácio de Queluz, Dr.ª Simonetta Luz Afonso, a qual me informou que se iria realizar uma exposição no Palácio onde iria ficar hospedada Sua Majestade e seu marido, S.A.R. o Príncipe Philip.

 

O tema da exposição estaria relacionado com a primeira visita a Portugal de Sua Majestade, em 1957. Para este efeito a Dr.ª Simonetta pretendia saber se seria possível a Sacavém produzir uma réplica de uma estatueta feita em loiça, da autoria do escultor Leonel Cardoso (1898-1987), mostrando o John Bull e o Zé Povinho lado a lado e abraçados, ilustrando a famosa Aliança Luso-Britânica.

 

Esta peça esteve exposta numa das montras da loja da Sacavém na Avenida da Liberdade em Lisboa durante essa primeira visita da Rainha. Curiosamente, estando eu em Londres nessa altura vi, por acaso, num cinema da Pathé (esta empresa tinha cinemas que mostravam noticiários e desenhos animados), a notícia da visita onde, a certa altura, aparecia a montra da Sacavém com a estatueta.

 

O problema era que, embora a peça criada em 1957 constasse da tabela de 1960, onde surgia com a indicação de ter sido produzida em dois tamanhos, não se conseguiam encontrar os moldes da época.

 

No entanto, respondi à Dr.ª Simonetta que, desde que se conseguisse encontrar um exemplar e o tivessemos na nossa posse, poderíamos fazer uma réplica sem grande dificuldade. Não sendo possível encontrar qualquer peça das que teriam sido comercializadas anteriormente, solicitou-se então à familia Cardoso o empréstimo do original que estava na sua posse.

 

A família declarou que apenas o emprestaria se eu próprio tomasse conta directamente do assunto. Assim foi.

 

Acabaram por se produzir cinco réplicas, duas das quais passaram a integrar colecções particulares – uma de um coleccionador do Porto, outra de uma família inglesa residente no Alentejo.

 

A réplica que ficou na FLS, com cerca de 38 cm. de altura, foi posteriormente exibida na exposição que, em 1989, o Museu de Cerâmica das Caldas da Rainha dedicou a Leonel Cardoso, e seu filho Leonel Gomes Cardoso (1919-1988), podendo ver-se reproduzida no respectivo catálogo.

 

Exemplar actualmente em exibição no MCS.

 

© Clive Gilbert

© MAFLS

Prato de Cozinha

$
0
0

 

Prato fundo, de cozinha, com decoração floral, correspondente ao motivo 1102 A, aplicada sobre stencil (chapa recortada).

 

Este exemplar ilustra perfeitamente o maior problema da faiança utilitária – embora não apresente qualquer cabelo ou esbeiçadela, o prato foi acumulando estas inestéticas manchas apenas devido ao uso e à porosidade da pasta, a qual foi absorvendo líquidos e gorduras que se infiltraram através do craquelé desenvolvido no vidrado.

 

 

© MAFLS

Fotografia

$
0
0

© MCS/CDMJA

 

Fotografia de um conjunto de ampara-livros modelados por Donald Gilbert (1901-1961).

 

Vejam-se diferentes exemplares destas peças aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/corvos+marinhos.

 

A reprodução desta fotografia é uma cortesia do Museu de Cerâmica de Sacavém / Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso.

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CXCVII)

$
0
0

 

Algumas peças de um serviço de café em porcelana da SPAL, de Alcobaça, com decoração floral.

 

Como se pode constatar pela marca, estamos perante um dos primeiros conjuntos comercializados, na década de 1960, pela empresa que, quer quanto à qualidade da pasta cerâmica quer quanto ao design, passou a ser a grande rival portuguesa da VA na produção da porcelana doméstica.

 

Vejam-se alguns dos formatos e designs actuais desta conceituada fábrica, fundada em 1965, aqui: http://www.spal.pt/.

 

 

© MAFLS

Leiteira

Chávena e Pires

$
0
0

 

Conjunto de chávena de café e pires, do período final da FLS, com decoração floral aplicada sobre stencil (chapa recortada).

 

 

© MAFLS

A FLS na Exposição de Sevilha de 1929

$
0
0

 

Fotografia publicada na revista Ilustração, em 1929, ilustrando um aspecto da representação da FLS patente no Pavilhão de Portugal construído para a Exposição de Sevilha realizada nesse ano.

 

A legenda que acompanha a fotografia é a seguinte – "O stand da antiqüissima Fábrica de Loiça de Sacavem no Pavilhão de Portugal, onde se expõem primores em azulejos, faiança artística, serviços domésticos, etc."

 

Vejam-se alguns bilhetes postais alusivos ao Pavilhão de Portugal aqui: http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/tag/sevilha+1929.

 

© MAFLS


Chávena e Pires

$
0
0

 

Conjunto de chávena de chá e pires com pintura esmaltada sobre o vidrado.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CXCVIII)

$
0
0

 

Conjunto de ampara-livros, em faiança branca, representando ferraduras e cabeças de cavalo.

 

Não ostentam qualquer marca, embora apresentem características de pasta e vidrado que sugerem ser produção das fábricas da região de Alcobaça.

 

© MAFLS

Chávena de Chá e Pires

Cachepot

$
0
0

 

Grande cachepot em faiança, do acervo do MCS, onde se encontra catalogado sob o número 3009, com cerca de 22,8 cm. de altura e 33 cm. de diâmetro.

 

Esta peça apresenta decoração estilizada que evoca claramente uma nova celebração da civilização egípcia, desencadeada pelas descobertas arqueológicas ocorridas na década de 1920, particularmente a do túmulo do faraó Tuthankamon (séc XIV a. C.).

 

A presente imagem consta do catálogo da exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada nos EUA em 2005, e é da autoria do fotógrafo João Francisco Vilhena (n. 1965).

 

Note-se que a imagem original foi registada em película e posteriormente digitalizada, o que afectou a sua qualidade e não reflecte as características que uma impressão em papel fotográfico oferece.

 

© MAFLS

Entrevista de Eduardo Gageiro ao Jornal SOL

$
0
0

 

Excerto de uma entrevista concedida ao jornalista José Cabrita Saraiva, e publicada na edição digital do semanário SOL no passado dia 19 de Março de 2014, pelo consagrado fotógrafo Eduardo Gageiro (n. 1935).

 

" (...) Foi precisamente aqui, na Fábrica de Loiça, que começou a trabalhar. O que fazia?

Andava de secção em secção a distribuir papéis. Depois comecei a escrever à máquina, a preencher facturas. Mas odiava números - e continuo a odiar. Tinha sempre fotografias na gaveta que coloria à mão. Aparecia o chefe atrás de mim e dizia: 'Isto não é uma loja de fotografia, é um escritório!'. Mas não foi assim tão negativo, porque passei a ter um contacto mais intenso com os operários e conheci uma série de artistas.

 

Que também trabalhavam na fábrica?

Sim. Comecei a relacionar-me especialmente com o Armando Mesquita. Era escultor e interessou-se por mim. Eu mostrava-lhe as fotografias, e um dia ele diz-me: 'Tens jeito, mas não percebes nada de composição. Tens de ir ao meu ateliê, que eu dou-te umas lições'. A primeira coisa que fez foi um rectângulo cheio de quadradinhos. 'Isto é a regra de ouro. O motivo principal tem de estar aqui, de preferência do lado direito, porque a vista tem tendência a ir para a direita'. E também foi ele que convenceu o meu pai a comprar-me a primeira máquina.

 

Como foi isso?

O Armando Mesquita chega lá um dia à hora do almoço e diz: 'Ó sr. Gageiro, então o sr. não tem vergonha? O seu filho anda aí a tirar fotografias com máquinas emprestadas!'. O meu pai ficou um bocado chateado e mandou-me saber o preço de uma máquina. Fui à J. C. Alvarez, onde comprava rolos para as máquinas dos outros, e o Amadeu Ferrari, que era pai do Nuno, disse-me: 'Tens aqui uma Rolleicord e uma Rolleiflex. A Rolleicord custa praticamente metade do preço'. E eu: 'Vou dizer ao meu pai quanto é'. 'Leva já a máquina'. Veja como teve confiança num puto de 16 ou 17 anos. E lá venho eu na camioneta da carreira a mudar as velocidades e as aberturas.

 

Lembra-se das primeiras fotografias que fez?

Estreei logo a máquina com retratos do Armando Mesquita. Fiz também uma fotografia muito rebuscada de uma prima minha e mandei-a para o primeiro concurso fotográfico de empregados de escritório do distrito de Lisboa. E não é que ganhei logo três prémios? Foi assim que começou a bola de neve.

 

 

Começou a trabalhar muito cedo. Como foi a sua infância?

Foi uma infância normal, não passei fome, nem pouco mais ou menos, mas os meus pais não tinham tempo para mim. Quem me criou praticamente foi uma tia que morava ali ao pé. Eu passava a vida ao colo dos velhos operários que chegavam ao fim da tarde para beber mais um copo, às vezes muito bêbedos, quase me deixavam cair.

 

Viveu toda a vida em Sacavém?

Nasci exactamente a 50 metros daqui, do lado de lá da estrada. O meu pai tinha uma casa de pasto onde os velhos operários iam com as marmitas para a minha mãe aquecer num fogão enorme. Almoçavam o que tinham trazido e consumiam uma pequena garrafa de vinho, aquilo a que se chamava um pirolito.

 

Passava muito tempo na casa de pasto?

Sim. Quando saía da fábrica ia para lá. Quando era mais crescido o meu pai punha-me no balcão a aviar. Aviava copos de três, como se dizia antigamente, e ao fim-de-semana fazia almoços.

 

Quando entra para os jornais?

Ir para os jornais era muito difícil porque havia uma máfia de maus fotógrafos que não deixavam ninguém entrar. Eram quatro ou cinco que trocavam fotografias entre si e tinham mais poder que os chefes de redacção. Eu tentei, mas não consegui. Entretanto um amigo de infância, o Mário Ventura, que estava no Diário Popular, organizava uns jantares com jornalistas e um dia convida-me para ir. Estavam lá os craques: o Urbano Carrasco, o Dr. Tavares Rodrigues, muitos. Ele apresenta-me e eu manifesto interesse em ir para os jornais. O Dr. Tavares Rodrigues diz-me: 'Apareça no Diário Ilustrado e leve fotografias suas'. Eu levei e ele gostou. 'Se quiser venha já amanhã'. E fui.

 

Que idade tinha?

Uns 20 anos.

 

Deixou o emprego na fábrica?

O meu pai queria bater-me porque eu tinha abandonado um emprego certo. E a minha mãe, coitadinha, dizia-me assim: 'Mas tu não tens necessidade de ser fotógrafo. Podes ser empregado de escritório'. (...) "

 

A entrevista pode ser lida, na íntegra, aqui: http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=101695.

 

© MAFLS

Viewing all 787 articles
Browse latest View live