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Channel: Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém
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Mealheiro

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Mealheiro, com cerca de 20,4 cm. de altura e pintado em policromia sobre o vidrado, ostentando a legenda "JUNTE AQUI NA CASINHA / QUE JUNTA PARA SI' / QUANTO MAIS JUNTAR / MAIS HA-DE ENCONTRAR." e o número 319, em relevo, na base.

 

O exemplar aqui reproduzido está incompleto, não apresentando o galo a coroar o telhado de quatro águas que integra o conjunto original. Apesar de retocada a laranja, a base evidencia claramente que essa figura se terá partido, até porque não se encontra vidrada no topo.

 

Contudo, este modelo é ligeiramente diferente dos dois exemplares que se podem observar no segundo volume do catálogo da exposição Porta Aberta às Memórias, realizada no MCS em 2008.

 

Para além das duas inscrições personalizadas sobre o canteiro, que pretendem evocar silhares de azulejo, e das duas datas de nascimento manuscritas, aqueles exemplares apresentam ainda diferente lettering, e acentuação, e quatro remates de beiral.

 

O presente exemplar apresenta apenas três remates de beiral, não surgindo, de origem, qualquer remate sobre o vértice correspondente ao canteiro e à janela com manjerico.

 

Este formato surgia já na tabela de Novembro de 1945, sob o número 319 e a designação "Casa mealheiro", ao preço de 53$00 para "Colorido s/ ouro". Continuava ainda a surgir na tabela de Maio de 1951, ao preço de 60$00, e na tabela de Maio de 1960, ao mesmo preço. O exemplar desta última tabela existente no Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso, do MCS, indica numa nota manuscrita que o seu peso é de 750 gramas. Aparentemente, este formato continuou a ser produzido até à década de 1980.

 

Note-se como este modelo evoca claramente os paradigmas da casa portuguesa preconizados pelas teorias, e alguma da praxis arquitectónica, de Raul Lino (1879-1974) e por alguns dos seus discípulos, como Eugénio Correia (1897-1985). Note-se também como a legenda se enquadra nos preceitos económicos do Estado Novo.

 

 

© MAFLS


Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXVII)

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Pequena caixa em porcelana lapidada da VA, concebida pela designer Diana Borges (datas desconhecidas).

 

Para além das três peças que integram a série Plissé (http://red-dot.de/pd/online-exhibition/work/?lang=en&code=04-03248-2015&y=2015&c=181&a=0), também o serviço de mesa Orquestra (http://red-dot.de/pd/online-exhibition/work/?lang=en&code=04-05173-2015&y=2015&c=181&a=0) da VA recebeu galardão semelhante em 2015.

 

Diana Borges concluiu a sua licenciatura em Design de Comunicação e Técnicas Gráficas, em 2005, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre, tendo depois ingressado na SPAL, onde criou um conjunto, denominado Blue Rain, que também foi distinguido no concurso Design Plus 2010 (http://dbdesign.blogs.sapo.pt/780.html).

 

 

O Red Dot Design Award (http://en.red-dot.org/71.html) é concedido anualmente pelo Design Zentrum Nordrhein Westfalen, sedeado em Essen, na Alemanha, a objectos e projectos enquadráveis em trinta e uma diferentes categorias. Para o galardão de 2015 o painel de jurados foi constituído por vinte elementos, das mais diversas nacionalidades.

 

Como se pode verificar pela imagem apresentada abaixo, a série Plissé, quanto ao seu formato, evoca claramente caixas semelhantes da série Sarastro, lançada pela fábrica alemã Rosenthal e celebrizada pela sumptuosa decoração alusiva à ópera Die Zauberflöte, de Mozart (1756-1791), concebida pelo dinamarquês Bjørn Wiinblad (1918-2006).

 

 © Rosenthal

 

A grande inovação da série Plissé é a conjugação da tradicional técnica cerâmica com a intervenção dos lapidadores da Atlantis, resultando em peças que aliam uma exaustiva intervenção característica da indústria vidreira a um design onde os efeitos escultóricos são acentuados pela alternância de luz e sombra resultante do relevo da lapidação. 

 

A combinação das técnicas cerâmicas e vidreiras passou a ser aplicada na produção da VA quando a Atlantis integrou o grupo, havendo no início deste século sido lançadas já duas jarras globulares, uma com fundo negro, outra com fundo branco, onde a aplicação de dois círculos lapidados, não concêntricos e de diferente diâmetro, constituía o principal motivo decorativo das mesmas.

 

 

© MAFLS

Cerâmica, Literatura e Hotelaria

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Já aqui se tem evocado a relação da literatura com a FLS, através da transcrição de diversos excertos de autores portugueses onde a sua loiça é referida (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/a+fls+na+literatura).

 

Em Óbidos, abriu em Outubro passado um hotel, The Literary Man (http://www.theliteraryman.pt/), onde milhares de livros integram os diversos espaços e se cruzam com a cerâmica.

  

Curiosamente, na arlequinesca opção de apresentar diferentes pratos de  faiança para o serviço de restaurante encontramos uma das decorações que está indelevelmente ligada à imagem da FLS, embora tenha sido produzida por diversas outras fábricas – o motivo Estátua.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXVIII)

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Pequeno pote oitavado com tampa, medindo cerca de 16,4 cm. de altura, em faiança da fábrica do Outeiro, Águeda.

 

Note-se como esta gramática floral orientalizante segue uma tendência da fábrica do Outeiro que já tinha sido ilustrada através dos crisântemos patentes na tampa de um conjunto para aperitivos, apresentado aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/204930.html.

 

Porém, ao contrário do fundo negro daquela tampa, este pote ostenta uma tonalidade azul cobalto bastante escura.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXIX)

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Taça fruteira produzida em faiança pela unidade de Coimbra da Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia, ostentando decoração floral estilizada, ao gosto Art Déco, aplicada a aerógrafo sobre stencil (chapa recortada).

 

Como já foi aqui referido em devido tempo (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/malga), na FLS este formato era habitualmente designado como malga.

 

 

© MAFLS

Castiçais VA

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Par de pequenos castiçais, com cerca de 5,1 cm. altura e 7 cm. de diâmetro máximo, em porcelana da Vista Alegre.

 

Não é vulgar encontrar este modelo de castiçal com tais tonalidades. O mais comum é apresentar o fundo branco de porcelana decorado a dourado, ou outras cores, como se pode observar no catálogo do III Leilão Vista Alegre, realizado em 1999.

 

Nesse leilão, o lote 286, correspondente a dois castiçais, foi licitado por 30.000$00 (cerca de 150 euros).

 

Muitas vezes, as histórias dos antiquários, ou mesmo das famílias que se desfazem de peças sobre as quais a memória da sua origem se desvaneceu, são negligenciáveis quanto a uma indicação segura de proveniência das mesmas.

 

Neste caso, sem reparar certamente nas suas cores, a antiquária assegurou que os exemplares provinham de uma família de antigos diplomatas. Uma proveniência aliciante para explicar esta combinação cromática, onde surgem as cores nacionais.

 

Se considerarmos ainda que a Vista Alegre produziu, e produz, várias peças por encomenda institucional, e a isto somarmos o facto de existirem documentos comprovativos do facto de Raul Lino (1879-1974) haver desenhado, por exemplo, peças da VA para a Legação de Portugal em Berlim, no início da década de 1940, poderíamos ter uma explicação sedutora e plausível para esta decoração.

 

Pena é que a etiqueta presente numa das peças se assemelhe mais a um registo comercial do que a um registo de inventariação institucional...

 

 

© MAFLS

 

 

 

Dois Ex-Libris de Lisboa em Porcelana Estrangeira

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Duas chávenas de café em porcelana, da fábrica checoslovaca Victoria, com imagens estampadas da Torre de Belém e da Praça do Comércio, em Lisboa.

 

Estas peças integram-se na tradicional produção de souvenirs, em vidro, cerâmica, ou ainda noutros materiais, destinados, a partir do século XIX, aos viajantes que seguiram a elitista e aristocrática tendência romântica do grand tour e se vieram a tornar em meros touristes.

 

As chávenas ostentam, a dourado, os números 237, correspondente ao motivo da Praça do Comércio, e 274, correspondente ao motivo da Torre de Belém, tendo sido produzidas entre 1918 e 1939, muito provavelmente na década de 1920.

 

Como se sabe, a Checoslováquia foi um estado que existiu entre 1918 e 1992, período delimitado entre o final da I Grande Guerra e a democratização dos países do bloco do leste europeu.

 

Este último movimento seguiu-se à queda, em 1989, do Muro de Berlim, o qual havia sido instituído após o final da II Grande Guerra, e veio a originar a criação de dois estados independentes naquele território – a República Checa e a Eslováquia, em 1993.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXX)

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Jarra em faiança, com cerca de 22,4 cm. de altura, produzida e pintada à mão na Olaria de Alcobaça.

 

Apresentando ainda uma decoração com o característico azul da fábrica, assume-se como peça de transição para obras mais tardias, das décadas de 1950 e 1960, onde o dourado surge já com alguma frequência (http://mfls.blogs.sapo.pt/61886.html).

 

A profusão e a riqueza do dourado desta jarra não só criam um efeito feérico, que oscila ente o kitsch e o sumptuoso, como resultam numa peça invulgar em toda a produção da OAL.

 

Este exemplar foi exibido na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada em 2005 nos EUA.

 

 

© MAFLS


Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXXI)

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Castiçal apresentando decoração moldada em relevo, com cerca de 12 cm. de altura e 14,4 cm. de diâmetro máximo, em faiança da fábrica Secla, das Caldas da Rainha.

 

Deste modelo, muito provavelmente criado na década de 1960, conhecem-se também exemplares noutras tonalidades, como cor de mel e verde garrafa.

 

Serve esta imagem para recordar que a exposição Desejo, Tensão, Transição – Percursos do Design Português, integrada na  EXPERIMENTADESIGN 2015 e patente na Galeria Nave, em Matosinhos, poderá ainda ser visitada até ao dia 12 de Março de 2016.

 

Neste evento podem observar-se vários módulos dedicados à cerâmica, particularmente Geometria das Cores, módulo centrado nos arquivos da FLS, com curadoria de José Bártolo, Usar e Não Deitar Fora, módulo dedicado à cerâmica portuguesa da segunda metade do século XX, com curadoria de Rita Gomes Ferrão, e Vista Alegre, módulo constituído por 40 peças contemporâneas desta fábrica, com curadoria de Alda Tomás.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXXII)

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Prato em faiança, com cerca de 24,1 cm. de diâmetro, da fábrica Viúva Lamego, de Lisboa.

 

Embora a produção das peças esteja certamente separada por algumas dezenas de anos, note-se como a divisão estrutural da decoração desta aba evoca uma outra divisão, patente num prato mais antigo, que, à primeira vista, parece completamente distinta: http://mfls.blogs.sapo.pt/253219.html.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXXIII)

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Frasco para perfume, com cerca de 10,8 cm. de altura, em faiança da Elpa, Alcobaça.

 

O motivo patente nesta peça insere-se num conjunto de representações femininas estilizadas, por vezes ingénuas ou mesmo kitsch, que se vulgarizam nalguma cerâmica europeia das décadas de 1950 e 1960, particularmente em certas faianças francesas e italianas.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXXIV)

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Busto, com cerca de 20,4 cm. de altura, em biscuit da Vista Alegre, de Ílhavo.

 

Esta peça reproduz a escultura intitulada Flor Agreste, a partir de uma variante esculpida em 1878 por António Manuel Soares dos Reis (1847-1889).

 

Juntamente com O Desterrado (1872) e a Viscondessa de Vinhó e Almedina (1882?), esta será uma das esculturas em mármore mais famosas deste artista gaiense, que se suicidou antes de cumprir 42 anos.

 

 

Embora se pudesse pensar que a VA reproduziu esta peça por altura do centenário da sua criação ou no centenário do falecimento do escultor, a verdade é que se conhecem exemplares ostentando a marca da empresa correspondente ao período de 1968 a 1971.

 

Veja-se notícia sobre algumas peças deste escultor existentes no acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, aqui: http://www.museusoaresdosreis.pt/pt-PT/coleccao/esculturamnsr/ContentList.aspx.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXXV)

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Par de pequenos castiçais, com cerca de 5,1 cm. altura e 7 cm. de diâmetro máximo, em porcelana da Vista Alegre.

 

Não é vulgar encontrar este modelo de castiçal com tais tonalidades. O mais comum é apresentar o fundo branco de porcelana decorado a dourado, ou outras cores, como se pode observar no catálogo do III Leilão Vista Alegre, realizado em 1999.

 

Nesse leilão, o lote 286, correspondente a dois castiçais, foi licitado por 30.000$00 (cerca de 150 euros).

 

Muitas vezes, as histórias dos antiquários, ou mesmo das famílias que se desfazem de peças sobre as quais a memória da sua origem se desvaneceu, são negligenciáveis quanto a uma indicação segura de proveniência das mesmas.

 

Neste caso, sem reparar certamente nas suas cores, a antiquária assegurou que os exemplares provinham de uma família de antigos diplomatas. Uma proveniência aliciante para justificar esta combinação cromática, onde surgem as cores nacionais.

 

Se considerarmos ainda que a Vista Alegre produziu, e produz, várias peças por encomenda institucional, e a isto somarmos o facto de existirem documentos comprovativos do facto de Raul Lino (1879-1974) haver desenhado, por exemplo, peças da VA para a Legação de Portugal em Berlim, no início da década de 1940, poderíamos ter uma explicação sedutora e plausível para esta decoração.

 

Pena é que a etiqueta presente numa destas peças se assemelhe mais a um registo comercial do que a um registo de inventariação institucional...

 

 

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Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXXVI)

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Pequena caixa, com cerca de 6,4 cm. de altura e 7,5 cm. de diâmetro máximo, produzida em porcelana pela fábrica Artibus, de Aveiro.

 

Mais um exemplo da alta capacidade técnica e decorativa desta fábrica aveirense, numa peça onde se associa o corpo em biscuit com uma secção esmaltada a azul turquesa, para fazer ressaltar do conjunto a elegância de uma contida e harmoniosa decoração a ouro.

 

Embora não tenha sido exposta, esta peça teve a sua imagem reproduzida no catálogo da exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada nos EUA em 2005.

 

 

© MAFLS

Mapping Our Tiles

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Azulejos oitocentistas existentes no átrio do edifício número 36 da Rua de Santa Maria, em Chaves.

 

Atendendo à designação em Inglês – Mapping Our Tiles, poderíamos pensar que nos encontramos perante um projecto estrangeiro. Mas não. Trata-se de um projecto com origem no Porto, que pretende geo-referenciar o património azulejar em Portugal.

 

De momento cataloga apenas azulejos de padrão patentes nas fachadas dos edifícios portugueses, de modo a registar a sua localização e frequência, sem fornecer dados complementares sobre oficinas ou fábricas de origem. Seria importante que, numa fase posterior, pudesse vir a incluir estes dados e a apresentar azulejos do interior de edifícios, pois assim poderão surgir dados complementares interessantes, como o facto de estes azulejos aplicados em Chaves no interior de um edifício surgirem também a recobrir a fachada de um edifício do Porto.

 

O movimento está aberto a toda a colaboração para aumentar a sua base de dados, mas note-se que as imagens cedidas para o acervo do projecto, apesar de creditadas, poderão vir a ser utilizadas nos seus projectos comerciais (Quem somos?– "...utilizamos os seus padrões nos embrulhos de sabonetes de azeite aromatizados com óleos essenciais biológicos, que produzimos, postais e outros produtos"; Como  posso ajudar?– "As imagens partilhadas deverão ser da autoria de quem as submete e poderão ser utilizadas pelo projeto MAPPING OUR TILES e pelo projeto Az Infinitum, com crédito atribuído aos autores.").

 

De momento estão referenciados 57 padrões azulejares, que podem ser vistos aqui – http://mappingourtiles.com/, mas o movimento projecta adicionar uma média de 5 padrões por mês para atingir um total previsto de 100 padrões no final do corrente ano.

 

 

 © MAFLS


Centenário do Museu Bordalo Pinheiro

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Em cima, um prato em relevo, com cerca de 20,6 cm. de diâmetro, comercializado nas décadas de 1980 e 1990 mas apresentando um motivo característico da tradicional produção caldense que já vinha de décadas anteriores.

 

Em baixo, uma peça com cerca de 8,6 x 17,1 x 2,6 cm., que também pode ser utilizada como cinzeiro, comemorativa dos Encontros de Cerâmica Artística realizados em 1992.

 

 

Embora o Museu Bordalo Pinheiro, que não se dedica exclusivamente à cerâmica e abrange ainda o grafismo e outras vertentes da iniciativa e criatividade bordaliana, apenas tenha sido fundado em Agosto de 1916, em Lisboa, as celebrações do seu centenário iniciam-se hoje, para assinalar também o Dia Internacional dos Museus. 

 

Acompanhe as várias actividades do museu aqui: http://museubordalopinheiro.cm-lisboa.pt/.

 

 

© MAFLS

Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXXVII)

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Medalha em faiança, com cerca de 9,4 cm. de diâmetro, produzida em 1979 e ostentando uma imagem alusiva ao Mosteiro da Batalha, situado no concelho homónimo, bem como a assinatura manuscrita "Furriel".

 

Como já foi aqui referido anteriormente (http://mfls.blogs.sapo.pt/outras-fabricas-outras-loicas-cxcv-297225), Francisco Jorge Furriel (1925-2014), ingressou na fábrica Secla em 1953, onde veio a chefiar a secção de pintura, tendo aí permanecido até à sua aposentação, na década de 1990.

 

 

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Outras Fábricas, Outras Loiças (CCLXXVIII)

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Par de azulejos em faiança, com cerca de 10,4 x 10,4 cm., produzidos na fábrica Aleluia, de Aveiro.

 

Estes motivos folclóricos tiveram particular voga na produção da fábrica durante a década de 1950, podendo-se encontrar dois outros exemplos aqui: http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/371206.html.

 

Tal como ali foi referido – "a recuperação e reformatação dos valores do folclore bem como a sua dinamização nas décadas de 1940 a 1960 está geralmente associada ao Estado Novo e aos vários organismos corporativos desenvolvidos pelo regime – SPN/SNI, FNAT, Casas do Povo."

 

"Um aspecto, contudo, é muitas vezes subvalorizado ou escamoteado na análise desse revivalismo. É que ele havia sido promovido já na década de 1920 por artistas como Bernardo Marques (1898-1962) ou Roberto Nobre, (1903-1969),  certamente na senda da recuperação de um imaginário popular europeu relançado anteriormente pelos Ballets Russes, de Diaghilev (Sergei Pavlovich Diaghilev, 1872-1929), e rapidamente aplaudido, acarinhado e  adoptado pelos modernistas."

 

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Azulejo

Grecian Statue As A Pattern & A Side Dish

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   Image © http://www.fazecome.pt/

 

Começam a ser tantos que já se tornam incontornáveis. É verdade. A gastronomia metamorfoseou-se em gastromania. E os sites sobre gastronomia e culinária não cessam de seguir o lugar comum e de brotar como cogumelos. Sites com belíssimas fotografias, sites com fotografias assim-assim, sites com textos irrepreensíveis, sites com textos recheados de... "gralhas", sites com receitas para todos os gostos.

 

Por entre esta floresta, vão surgindo exemplares de loiça antiga, ou exemplares que apresentam antigos motivos decorativos. E entre estes ressalta, pela sua frequência, o inevitável motivo Estátua, uma decoração estampada mais conhecida popularmente como Cavalinho.

 

Hoje, para uma muito querida vegetariana que se encontra longe de Portugal, reproduzem-se dois exemplos desse motivo, produzido por diversas fábricas portuguesas, que surgem disfarçados sob o resultado final das receitas apresentadas aqui: http://www.fazecome.pt/2016/06/legumes-assados-e-um-jantar-informal.html, e aqui: https://minhamarmita.blogspot.pt/2014/09/risotto-de-agriao-e-queijo-de-cabra.html.

 

Vejam-se mais alguns exemplares ostentando as diversas variantes deste motivo, conhecido em Inglês como Grecian Statue, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/motivo+est%C3%A1tua.

 

  Image © https://minhamarmita.blogspot.pt/2014/09/risotto-de-agriao-e-queijo-de-cabra.html

 

© MAFLS

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